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Quando a gente engravida



Eu estava grávida e queria gritar ao mundo.

Não estava planejado. Como eu costumo dizer, tropecei, cai no pau e engravidei.

Mas estava na minha melhor forma. No melhor momento.

Ou a gravidez me fez me sentir assim.

O fato é que escolhemos que teríamos uma ótima gravidez, que qualquer desentendimento não iria nos tirar do caminho. Seguimos assim.

Foi uma ótima gravidez. E quando digo isso, pelo amor de God!, não tem nada a ver com romantizar ou sei lá desmerecer quem não teve uma boa gravidez, tem a ver com mostrar pra quem tá chegando, para quem tem interesse em saber como é engravidar pela primeira vez - ou não - que isso pode ser um caminho a ser escolhido.


Somos os dois autônomos. Se não trabalhamos, não comemos. Simples assim.

E quantas e quantas vezes estivemos à beira do abismo? Muitas!

Se no meio disso fui insensível aos problemas do Dewis? Posso dizer que até hoje isso acontece.

E como se não bastasse descobri que tinha anemia falciforme, um tipo de anemia que se o pai também tivesse teríamos que fazer uma intervenção durante a gravidez. Um tipo de anemia que não tem cura e que compromete meu sistema imunológico. Fui transferida aos cuidados da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, que é responsável por tratar de gestações de risco. Lá encontrei casos muito mais sérios dos que os meus.


A gravidez foi também um momento de cura de mim, de apego a Deus, de sobrevivência, de humildade, de criação de afeto, autoconhecimento, de desenvolvimento. Foi alí, naqueles meses que eu entendi o verdadeiro sentido da palavra solidariedade. Fui arrebatada por ela e fui devolvida ao meu corpo muito mais aberta, muito mais compreensiva, muito mais segura. Não é exagero dizer que renasci na maternidade, que me reinventei, que curei meus traumas e que fui muito, mas muitoooo feliz!


#depoisdamalena foi uma campanha que comecei pouco tempo depois, expondo meu ponto de vista sobre as escolhas que fazemos durante a maternidade. Levantando questões como alimentação, autoconhecimento, empoderamento feminino. Entendi que é meu papel levar alguma esperança, algum conhecimento a muitas mulheres que assim como eu nem sabiam como gerir isto tudo, como cuidar do próprio corpo, no que nossas escolhas influenciam ao longo da gravidez. Talvez tenha sido pura sorte. Talvez tenha sido autocontrole. Talvez tenha sido instinto de sobrevivência. Mas o fato é que a minha gravidez foi maravilhosa, amo ser mãe da Malena e amo ter escolhido amar a ela, amar a mim e amar ao papai desta história. Amo ter escolhido todas as escolhas que fiz e amo poder compartilhar com cada mulher, com cada homem que encontro e que quer saber mais sobre como foi pra mim.


Pra mim foi divino. Não poderia ser melhor. E foi uma questão de escolha!

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