Nunca tinha ido ao Louvre, mas sabia que era gigantesco e que seriam horas lá dentro. Estávamos em Paris, minha mãe, meu marido, a Malota e eu. Não daria para privar nenhum de nós dessa visita tão importante na cidade berço da arte. Por outro lado como fazer isso com uma criança de 3 anos? Já estávamos há muitos dias andando com ela, muitas vezes no braço mesmo porque é assim, se a criança não quer andar, não anda meu amigo, e a cidade está lá e nós também e temos passagem e dia certo pra voltar.
Era inverno pra completar. e lá fomos nós de ônibus número 21. Estávamos perto da estação Glacière e descemos mesmo em frente ao Museu do Louvre. Simples e fácil. Tranquilão!
Era inverno, dá pra ver pelas roupas né? Fazia um frio impossível. Entramos.
Pegadinha! Entramos ainda não. Pra quem ainda não foi ao Louvre, nós passamos por esse portal alí atrás e só depois entramos num pátio que ainda não tem aquela famosa pirâmide de vidro. Andamos mais um pouco e aí sim! Ela parece muito maior do que nas fotografias que já vi por aí. Olhamos ao redor e vimos como aquilo é realmente grande. Identificamos a entrada e uma placa que dizia "estimativa de tempo da fila: 2 horas". Chegamos a titubiar. Mas resolvemos enfrentar depois de tirar trocentas fotos com a pirâmide. hehe
Ainda na fila, 3 minutos depois eu pensei: será que tem prioridade para crianças? Ao mesmo tempo vi algumas crianças na fila normal e ninguém se movimentando para uma possível fila de prioridade. Falei com meu marido e ele foi lá perguntar. Voltou de lá com sorrisão. Sim! Entramos na fila de prioridade que tinha exatas zero pessoas porque estávamos com a Malota.
Neste momento Malota é ovacionada pelos presentes. :) E até hoje é a nossa heroína do Louvre.
Para comprar o ingresso novamente fila de zero pessoas, mas não por prioridade, geral mesmo.
Lembro até que o valor era menor do que o anunciado no site oficial. Entramos como? Felizões. :) Dalí em diante a saga de ver as peças expostas, seguir algum tipo de roteiro enviado via whatsapp de um amigo mais experiente para o meu marido, gerenciar a criança em meio a um mundaréo de gente. Que lugar cheio! A sinalização das peças com informações sobre elas, ficava muito próximo às peças, placa silver com escritos em cinza. :) Daí a gente começa a ver tudo e criar nossas próprias histórias para as peças. Rezando para podermos voltar novamente num outro momento menos cheio para terminar de ver tudo. Porque sim, é impossível ver tudo. Mesmo normalmente, sem criança. Então neste caso posso dizer que sim, foi maravilhoso poder ter ido pela primeira vez ao Louvre com a Malota. Ela mesma não deu trabalho algum, só ajudou e em determinado momento, como mostra a primeira foto, deu até seu showzinho, nada particular, para centenas de pessoas que passavam por alí. Muitos riram, gargalharam, tiraram fotos - nesse lugar aí que ela estava saía ar quente e ela percebeu isso sozinha e começou a brincar com a saia. Tinham vários desse espalhados pelo Louvre.
E a gente nesse rolê viveu, aprendeu, sorriu e viu o Louvre pela perspectiva de uma criança.
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