Eu acredito no autoconhecimento através da maternidade. É o único processo que podemos passar para nos conhecer melhor? Claro que não! Existem outros processos? Claro que sim!
Mas pra mim foi através da maternidade que consegui de fato olhar para minhas necessidades, meu corpo e missão de vida. Consegui olhar para o meu passado, passado da minha família, revisitar lugares totalmente abandonados pela memória.
Acabei de terminar um curso sobre Educação Respeitosa que fiz com a Thay do projeto Crianza Naturi, amiga que leva esse assunto super a sério, experienciando dentro de casa na prática o que ela aprendeu nas formações que fez e também nas vivências que organiza.
Hoje ao fazermos nosso último encontro, senti que podia ir além, aliás, continuar indo pelo caminho que eu mesma já tinha definido há um tempo. Falo de escrever mesmo. Não vou ser misteriosa não. hehehe A questão aqui é que entrei num período muito contemplativo da minha própria experiência de maternar/viver, numa energia pouco masculina de foco e pouco feminina de criação. Alguma coisa no meio dessas duas energias. Ou bem distante talvez.
Lá no início mesmo sem saber o que eu estava fazendo ao certo, tive grandes pequenas vitórias em relação a essa educação mais respeitosa que busquei #depoisdamalena. Eu simplesmente segui meus instintos e tudo que procurei fazer foi atender aos instintos dela. Agora mais crescida, falante, argumentativa (a bichinha adora colocar suas questões na mesa e negociá-las) percebo que às vezes me desconecto. Ela tem quase 4 anos e neste momento tem buscado explorar seus limites. É fácil? Nem sempre! Exige muita paciência e tempo.
Foi o que eu observei nesse lance de educação respeitosa e no lance de querer uma alimentação mais saudável. Exige tempo. Sei que estou misturando os assuntos, mas nem tô, sabia? Tudo faz parte. Fomos criadas em outra fase do mundo muito distinta, carregamos ainda as respostas automáticas que nos fizeram chegar até aqui e nos fizeram sobreviver afinal. Por isso quando lidamos com as nossas crianças precisamos de tempo para ouvir, pensar no que ouvimos, buscarmos nossas referências para aquilo e trazer uma sugestão/ação.
O mesmo acontece com a alimentação que eu comparei aqui. Temos nossas referências, mas paramos para ouvir o que a criança precisa, pensamos naquilo, buscamos referências e sugerimos. Nem sempre dá pra fazer a melhor comida? Nem sempre dá. Mas a gente tenta. Tem gente também que não tenta. Mas tô falando aqui de quem tenta ou gostaria de tentar pelo menos. Basta começar!
Se isso não é autoconhecimento, eu não sei o que é. Imagina exercitar isso por dezenas de vezes num mesmo dia? É no mínimo enriquecedor. E tem um agravante belíssimo: Criança não guarda rancor (só trauma mesmo hehe), se você fez algo que não julgou ser o correto, não se preocupe. Sempre temos o dia seguinte, uma próxima oportunidade (se assim o universo nos permitir). Basta perceber, pedir desculpas se for o caso e partir para um novo raio de sol.
As crianças nos trazem muito. Trazem tudo. E eu só aprendi isso #depoisdamalena.
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