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Personalidade Infantil - Como funciona isso?

Foto do escritor: Psicóloga Talita SilvaPsicóloga Talita Silva

Não há uma definição concreta na psicologia para personalidade, porém definimos a personalidade como a junção dos nossos pensamentos, comportamentos e sentimentos. Personalidade é o que diferencia um ser humano do outro, o que nos faz único.


Quando falamos em personalidade infantil na verdade estamos falando da descoberta e “criação” de uma personalidade que se apresentara na fase adulta. Existem diversas teorias a cerca do desenvolvimento da personalidade na infância, Freud, na psicanálise clássica, traz consigo a ideia de que a construção da base da personalidade é até os 4 anos de idade, que o que é vivido e construído neste período é o que vai determinar a forma como essa criança vai lidar com a vida na fase adulta, ele diz que nesta fase é onde se cria a confiança, em si e no outro, e a autonomia, por isso tal importância e peso para essa fase. Já outros teóricos como Jung, e os pós junguianos que estudaram mais afundo o desenvolvimento da personalidade, dizem que parte da personalidade é inata e vem como uma carga genética que a criança apresenta desde cedo, a outra parte é modelada pelas relações sociais e culturais. Esta teoria diz que até os 6 anos de idade as crianças estão em fase de experimentação, que só conseguimos ver realmente suas escolhas de personalidade após tal idade e que a personalidade vai se modificando e sendo lapidada ao longo dos anos até sua morte.


E afinal para que nos serve saber disso tudo e qual o papel dos pais nessa personalidade?


Bom como vimos às bases da personalidade são estruturadas, basicamente, na primeira infância, neste período é importante que os pais possam compreender essas características inatas desta criança e respeita-las além das suas próprias expectativas de como essa criança vai ser, expectativas estas que são naturais do processo da maternidade, porém elas precisam ser olhadas com carinho, pois quando uma criança não tem espaço para expressão de como ela é isso pode gerar inseguranças no futuro. E também é papel dos pais incentivar novas habilidades com essa criança, fora das preferências dela, para que ela possa ter facilidade em fazer aquilo que ela não gosta. Vou dar um exemplo, uma criança se mostra desde cedo muito falante, ativa e participativa, gosta de estar na presença de outras pessoas, é interessante que os pais deem liberdade para essa expressão da comunicação, mas que também a incentivem a realizar tarefas as quais ela faço sozinha, pois em algum momento da vida ela vai precisar se concentrar só para estudar, ou algo do parecido, e se não for incentiva poderá ter dificuldades na fase adulta.

Acima de tudo o mais importante é que os pais possam fazer todo esse processo com muito respeito e amor com essa criança que está se desenvolvendo, compreender as próprias dificuldades como cuidadores e quando precisarem de ajuda nesse processo difícil que é a criação buscar ajuda de um profissional capacitado para tal.


Por: Talita Silva - Psicóloga Infantil

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